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 Há dias assim! Há dias em que o frio de lá de fora, nos invade por dentro.  Não morremos para a vida, só precisamos de calor para nos despertar. Porque há dias assim... Há dias em que nos permitimos não estar sempre bem. E está tudo bem. 
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Respiro-te, Em cada gota do teu ser Que paira no silêncio do ar… No teu olhar a transparecer O desejo de se entrelaçar.   Ouço-te, No sossego dos teus gestos, No toque que ainda não senti… E em trocas de olhares modestos, Desejei os teus lábios para mim.   Sinto-te, Quando em mim pousas o olhar. A tua voz já gravei no meu sangue. Alimento-me do teu recordar, E só me deixa tornar exangue.
Q uantas vezes dou por mim a questionar a minha sanidade mental!? Já perdi a conta. A verdade é que neste mundo em que estou, não me sinto normal. A verdade é que neste mundo em que estamos, há mais gente rebentada emocionalmente e que se julga normal, do que gente que se sente como eu e tem consciência disso.  Ultimamente ando perdida... quer dizer, acho que não foi só ultimamente. Acho que ao longo de toda a minha existência tive fases assim. Andei sempre numa montanha russa de emoções sem mapa que me indicasse o caminho certo. E esta merda desgasta-me!  Nestes últimos meses sinto que envelheci uma tonelada de anos! Como é que é possível? Não sei responder a isso. Nem a isso, nem a tantas outras questões que se colocam dentro do meu cérebro manhoso. Bolas, eu estou a envelhecer, mais psicologicamente do que fisicamente, mas estou. É a carga que carrego que faz tudo isso sobressair.  E essa carga (daquelas que ninguém vê, mas que está lá) é a que me tira o sono à noite. É um emara

Carta Para a Menina Que Eu Fui

Anda. Senta-te aqui do meu lado e vamos conversar. Se quiseres posso dar-te a mão, assim não te sentirás tão só. Eu estou aqui, contigo, somos uma só, mas no fundo somos duas pessoas bem diferentes. Não tenhas medo do futuro e não dês ouvidos ao que sai da boca daquela que te deu vida. Muitas vezes vais ouvir coisas amargas, mas não podes carregar esse fardo contigo a vida toda. Um dia estarás com esta idade que tenho hoje, tentando te libertar da depressão e ansiedade que toda essa carga que carregas trouxe ao de cima. Sabes, tu não és detestável, tu não és um estorvo. Tu tens muito de especial, só que ainda não sabes. O facto de saberes que vieste para este mundo sem ninguém querer, sempre te fez sentir mal. Sempre te fez não sentir integrada na tua família. Sempre fez com que essa cabeça tão fértil se refugiasse em ilusões de como tinhas sido trocada por acaso à nascença mas que um dia a tua família de verdade te encontraria e te amaria de verdade. Minha pequena não mergulhes nessas

Chega Desta Porra!

 Chega. Há um limite para o que é tolerável. Há um limite na minha tolerância que tive que impor à força, mas teve que ser. Se assim não fosse, ia deixar tudo se arrastar. Ia me arrastando atrás de ti e da tua noção de "calma", que a mim me pareceu parada. Ia viver na indefinição de uma coisa que tinha de ser preto no branco.  Eu não lido bem com indefinição. Não lido bem com gente sem planos, com gente que não sabe o que quer, com gente inconstante. E tu, que à partida parecias ter tudo organizado ao ponto de eu te querer na minha existência inútil, mostraste ser o oposto. Eu gosto de ti. Gosto de ti ao ponto de querer te obedecer em todos os teus critérios. Gosto de ti ao ponto em que podia deixar tudo se arrastar. "É só mais uns dias até o trabalho estabilizar!"  O trabalho. Sempre a porra do trabalho. Sou tão vulnerável que ia aceitar migalhas só para não deixar de te ter. Mas chega. Tive que abrir os olhos. Até hoje tenho a cabeça completamente fodida por algué

Introspecção

Às vezes temos dias assim. Frios. Apagados. Onde o ar que nos entra nos pulmões não é o suficiente para nos dar vida. Às vezes o coração ainda nos bate no peito, mas a vida que vivemos está morta. Já morreu há muito. E os dias passam-nos à frente dos olhos. Vazios. Desligados do ser que um dia fomos. E às vezes esquecemo-nos de como é dar uma gargalhada… Uma gargalhada. Das primeiras coisas que o ser humano aprende na infância. Coisas que deveriam ser proibidas esquecer. Mas que esquecemos. E nos dias sem gargalhadas, sem vida, o peso que sentimos no peito é tanto, que nos rouba as forças do corpo inteiro. E o peso torna-se tão incómodo que até caminhar parece a mais árdua das tarefas. Arrastamos o corpo pelos dias que passam sem vida, com vontade de já nem sair de casa para viver. Com vontade de permanecer na cama. No sossego. Ignorando que a vida passa lá fora. Ignorando que há vida lá fora... Ignorando que há vida cá dentro. E há tanta gente lá fora. E há tanta gente que não no

Bem Me Quer... talvez!

 Quantas vezes mais, terei de me magoar, para aprender? Para aprender a não confiar em ti! Para aprender a me resguardar dos teus sentimentos inconstantes! Para aprender a me proteger de ti, do amor que me consome, me envenena. Para aprender a me libertar daquilo que não me deixa evoluir!  Tudo podia ser tão simples! Podia ser ou preto ou branco, mas cinzento não. A incerteza das coisas vai me matando aos poucos. Mais do que um não, a incerteza, o ficar na margem a roçar o “querer” e o “não querer”, vão me consumindo as energias.  Dizes nunca me querer magoar, mas meu querido, as tuas indecisões vão roubando a minha cor. Qualquer dia sou eu que vejo tudo cinzento. Como os teus sentimentos!  Ah como eu ainda queria te dizer tanta coisa! E te ensinar a sentir com cor, com verdade, a sentir como as pessoas que ainda têm coração... ainda tens tanto que aprender e o tempo urge. Não te demores em inconstâncias porque amanhã, quem sabe, pode já não haver mais oportunidade de aprendere